terça-feira, 30 de junho de 2009

TEXTOS PARA A MUDANÇA 3 por Ana Rita Alves

Nos tempos que correm são cada vez mais os meios e as formas de chegar às pessoas e de lhes fazer passar as nossas mensagens. Através da publicidade, dos noticiários, da rádio, dos jornais e até por sms’s. Somos constantemente bombardeados com informação cuja “essência” é na maioria das vezes a de nos convencer a comprar, acreditar, seguir, confiar.
Estamos tão ocupados com as nossas “vidinhas” que na maior parte das vezes não nos apercebemos que estas são mensagens enganosas e que nos tentam a todo o custo ludibriar a troco daquilo que temos de mais importante e de mais precioso...a nossa liberdade.
Nós, os da geração pós 25 de Abril, crescemos e vivemos numa sociedade livre, sem medos, sem opressões. Esquecemo-nos muitas vezes que nem sempre foi assim. Nem sempre se pode dizer aquilo que se pensava sob pena de se ser preso, torturado e posto de parte.
Hoje em dia, e passados 35 anos do 25 de Abril custa-me dizer que pouca coisa mudou. Apesar de vivermos em democracia continuamos a viver oprimidos e com medos. Medo de perder o emprego, medo de represálias, medo que nos olhem de forma diferente apenas porque pensamos de maneira diferente da maioria. Instaurou-se um clima de temor assente no lema em que aquele que não pensa como nós está contra nós, aquele que não está do nosso lado é nosso adversário.
Os nossos “opositores” nem sempre são os nossos inimigos. Os que nos contrariam nem sempre estão contra nós. Uma sociedade só pode evoluir porque existem pessoas diferentes e que pensam de maneira diferente. Cabe-nos a todos aceitar essas diferenças para podermos construir uma sociedade mais justa e mais equilibrada, uma sociedade mais livre.
A nossa liberdade é o nosso melhor trunfo. A nossa liberdade é a nossa melhor virtude e um direito que ninguém nos pode roubar ou comprar. A nossa liberdade é NOSSA!! Não se pode vender a troco de nada e a ninguém porque faz parte de nós, da nossa essência enquanto ser humano, do nosso direito enquanto cidadãos.
Há que parar de ter medo de quem somos, de ter medo de assumir aquilo que queremos e que defendemos. Há que MUDAr!!

2 comentários:

Anónimo disse...

MUDAM-SE OS TEMPOS,
MUDAM-SE AS VONTADES

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades

E se todo o mundo é composto de mudança troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança

Continuamente vemos novidades
Diferentes em tudo da esperança
Do mal ficam as mágoas na lembrança
E do bem, se algum houve, as saudades

Mas se todo o mundo é composto de mudança troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança

O tempo cobre o chão de verde manto
Que já coberto foi de neve fria
E em mim converte em choro e doce canto

Mas se todo o mundo é composto de mudança troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança

E afora este mudar-se cada dia
Outra mudança faz de mor espanto
Que não se muda já como soía

Mas se todo o mundo é composto de mudança troquemos-lhe as voltas, que inda o dia é uma criança

Soneto: Meu parente Luís Vaz de Camões... não estou a ser pretencioso, a investigação foi feita e sinceramente, é uma honra.

Adaptação: José Mário Branco

Música: Jean Sommer

Já agora, para terminar, uma das famosas frases do texto de José Mário Branco no FMI(quer dizer fundo monetário internacional). Passo a citar:-
ESTA MERDA NÃO ANDA PÁ, PORQUE A MALTA NÃO QUER QUE ESTA MERDA ANDE! TENHO DITO!... HÁ CULPA DE TODOS EM GERAL E NINGUÉM EM PARTICULAR...SOMOS TODOS MUITO BONS NO FUNDO, NÃO É?

E chega... senão ia vomitar o texto todo. Ouçam-no que faz bem!

Saudações democráticas para a Ana Rita!

Kabé

Anónimo disse...

Percebo agora de onde te vem a veia poética... está no genes. Ainda bem... mas por favor não fiques zarolho, era uma pena! ehehe!

Admiradora secreta,

CC