segunda-feira, 22 de junho de 2009

TEXTOS PARA A MUDANÇA 2 por Hélder Salgado

Comentário ao texto de Carlos Galhardas.

“Quem não se sente não é filho de boa gente”.
O texto, revela uma elevadíssima preocupação democrática, certamente, comungada por todos aqueles que se preocupam, não só com o bem-estar social, mas também com as causas públicas.
O êxito destas duas vertentes, só se pode alcançar, com a discussão e o debate público, visando a concretização de objectivos, que alcançados a pedido, carecem da verdade democrática, tornando os peticionários, subservientes do Poder.
Recordem as eleições dos Bombeiros e outras, onde o senhor Presidente da Câmara, na ânsia de tudo dominar, concorreu.
Pretendeu ou ainda pretende, arrasar, com a força do Poder, as instituições cívicas, remetendo, se vencedor, para a rua toda a iniciativa e criatividade popular.
Pobre de um Povo que vive à sombra de um líder.
Tem, sistematicamente, falhado a estratégia, violando, ao fazer-se valer da sua condição de Presidente, as mais elementares regras democráticas, impondo a sua vontade, na imposição e exclusão de pessoas, esquecendo-se, que desse arrasamento, poderiam vir a surgir, aqui e ali, focos de indignação e de agrupamento.
Há donos da Liberdade e da Democracia?
“Não se esqueçam da cultura” cito o articulista, expressando mais uma preocupação, além dos métodos oligárquicos, impostos pelas maiorias, fazendo, assim, recordar os
dois recentes programas passados, em televisão, acerca do Concelho.
O Concelho tem gente que sente, que tem dentro de si a alma Alentejana, que não se conformando, luta há muito tempo pelo estado degradante do nosso património Histórico/Cultural.
Numa falsa habilidade fotográfica, os programas mostram, apenas a rama, faltando-lhe pôr a descoberto, o que se passa por detrás daqueles monumentos, a raiz.
Aos responsáveis do Concelho faltou a coragem, para dizerem e mostrarem publicamente a verdade, ou porque não a têm, ou porque se habituaram a viver sem ela, colocando acima de tudo e de todos, um protagonismo populista ocasional, para caírem em graça e assim se conservarem no Poder.
A cultura deveria ser a preocupação constante duma vivência diária.
O que se pode esperar dum peito vazio?
Registe-se as iniciativas, quase sempre forçadas pelas instituições populares ainda existentes, no começo de algumas obras, mas condena-se, com toda a força democrática, não só o atraso das mesmas, mas também o embargo de algumas.
Há obras paradas desde 2004.
Não merecíamos uma explicação?
È imperativo que a Rua se consciencialize, programe e intervenha na defesa da História do Concelho, visando o turismo, como uma real valência no seu progresso. Chegou a hora e com ela os ventos da MUDAnça.
Temos um Movimento de base, sem hierarquias, nem comandos. Não hesites, participa. Uma ideia tua pode MUDAr algo, dou-te um exemplo, com a frase que ouvi quando tinha oito ou nove anos, “se a Barragem viesse” e ela está no Lucifécit.
Já temos Sede, entra e leva, sem medo, o teu programa, aquilo que, certamente, já pensaste acerca da tua rua, da tua freguesia ou até da tua festa, leva o melhor que tens dentro de ti, a tua ideia, para que um novo olhar democrático inunde o Concelho.
Hélder Salgado.
20-06-2009.

6 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Hélder Salgado, este seu comentário è algo que se pode considerar extraordinário. É bom saber que a MUDAnça possa vir a contar com pessoas como o Sr. E è bom ler que podemos entregar as nossas ideias espôlas junto dos elementos do M.U.D.A., para quem sabe , serem debatidas e analisadas. Sou apoiante do Sr. Grilo, mas tal como já o escrevi noutro comentário, se me falharem as expectativas, ou se formos novamente enganados, tal como temos sido nestes últimos anos, eu serei dos primeiros a dar a cara e a pedir desculpa por ter apoiado tal candidatura. Sei que não fazem promessas, e isso já é bom. Mas demonstram grandes e boas intenções perante toda a população do concelho do Alandroal, e só isso já leva as pessoas a acreditarem em vocês. Se a MUDAnça for conseguida, e acredito que sim, não queiram nem nuca deixem as expectativas irem por água abaixo. Deverão ter em consciência que se defraudarem as expectativas depois de uma eventual vitória nas eleições, as contestações serão muito superiores ás que se verificam agora para com a actual "Gerência" da C.M.A. . Mas eu como apoiante da MUDAnça, acredito que venceremos e cumpriremos. E assim que a vitória for nossa, irei dirigir-me ao Sr Hélder e apresentarmeei tal como me vou Exonerar aqui agora! Um bem-haja a quem acredita!!! Viva a MUDAnça! Ass: BA!

Anónimo disse...

não percebo porque só são metidos aqui os comentarios q dizem bem dos mudos.os outros nã são editados porque sr grilo.

Anónimo disse...

É bom deixar entrar todos os comentários, desde que não sejam ofensivos e contenham alguma substância. Essa é uma forma de enriquecer as opiniões no blogue e de mostrar a diversidade de idéias. O Eu Quero, Posso e Mando faz parte da Ditadura Absoluta Instalada... Bem pobre por sinal! O confronto escrito, desde que racional, enriquece a democracia e marca a diferença.
Por isso mesmo não percebo porque quem escreve, não assina! Medo?... Medo é a gente esconder-se atrás das palavras que escreve!!!

Carlos Galhardas

A Alma De Outra Pessoa

A alma de outra pessoa
Quem o poderá saber
Ou pensar?...
Como um som que ecoa
Repercutindo sem se ver…
Soa sempre sem parar!

A alma é um mundo escondido…
Um segredo bem guardado,
Sem nunca se conhecer.
Qual espelho partido…
Em mil pedaços quebrado,
E nada ali para se ver!

A única coisa que sabemos
Quando pensamos na alma
É dela nada sabermos!
Não saber se a temos…
Se ela nos acalma,
Ou mesmo a queremos!!!

Matias José (23.06.2008)

Anónimo disse...

Onde é que andava este poeta?... Será que tem mais coisas escritas?
" A Alma De Outra Pessoa" tem mesmo um cheirinho a Pessoa. Há pessoas com cultura na nossa terra... É bom saber isso.
Muitos parabéns Matias José e já agora, se tiver mais poesia escrita, mande para cá!

CC

Anónimo disse...

O texto para a mudança 2 revela grande notariedade democrática. Parabéns!

Carlos Galhardas

O SILÊNCIO DAS PALAVRAS

Dois seres olhavam fixamente
Os seus olhares calados, mudos…
Nos olhos um silêncio triste
De palavras sem ruídos.
Quando pareciam perdidos
Olhas-te para mim, sorriste…
Desvendas-te os teus segredos
Para esse olhar docemente!

Olhando lágrimas que escorriam
Pelas faces já envelhecidas,
Abraçados mesmo assim permaneceram
Como em tempos antigos.
Afinal eram dois amigos
Que nunca se esqueceram
Das coisas simples sentidas…
Quando os olhos lhes sorriam!!

O silêncio das palavras
Em tudo quanto amavas!!!

Matias José (14.02.2009)

Anónimo disse...

Peço desculpas a Matias José por ter feito a defesa escrita da sua poesia da forma que o fiz.
O SILÊNCIO DAS PALAVRAS DIZ TUDO...
BEM-HAJA!

Admiradora secreta,

CC