sexta-feira, 8 de março de 2013

ENTREVISTA DE JOÃO GRILO AO AL-TEJO (Cont.)



Considera-se um político de carreira? Pensa continuar mesmo que não venha a ser o próximo Presidente da Câmara prosseguindo a vida politica? Isto é, aceitaria desempenhar o cargo de Vereador mesmo se não vier a vencer as eleições?

Nunca me poderia considerar um político de carreira porque fiz o meu percurso e a minha carreira no ensino e num determinado momento senti que podia fazer uma pausa nessa carreira e dedicar-me ao meu concelho. É isso que tenho estado a fazer e só nesta perspectiva é que encaro a vida política. Só esta perspectiva é que me permite que esteja de corpo e alma num projecto mas sempre pronto para voltar a essa carreira se for necessário, sem me sentir refém de nada nem de ninguém. Penso que já demonstrei que não estou agarrado a lugares nem a tentar fazer carreira. O que me move são as convicções e é por elas que pretendo continuar enquanto sentir que faz sentido. Em politica, como na vida, tão importante como escolher o momento para entrar é saber escolher o momento para sair. Espero vir a ter a sabedoria necessária para um dia não deixar passar esse momento.
O MUDA tem um projecto de desenvolvimento para o concelho que está longe de se esgotar nestes quatro difíceis anos que agora terminam. Pelo contrário, é nos próximos 4 a 8 anos que esperamos que todos, no concelho,  possamos colher os frutos deste trabalho. Como tal, não nos passa pela cabeça que este ciclo fundamental para o futuro do concelho seja interrompido antes do tempo. Mas isso o povo é que vai decidir, soberanamente, através do voto. Qualquer pessoa que se apresenta a eleições tem que ter a humildade para ocupar o lugar que os eleitores lhe reservarem. É uma das mais elementares regras democráticas e de respeito pelos eleitores.

Acredita que consegue até ao fim do Mandato colocar o Município a salvo do garrote das dívidas contraídas e que, enquanto Presidente, poderá concretizar as medidas preconizadas na Agenda 21 Local?

Como já disse, os passos necessários para isso já estão dados. Com a aprovação pela Assembleia Municipal do Plano de Reequilíbrio do Município é só já uma questão de tempo até que o mesmo seja uma realidade. Esse plano representa  dificuldades e constrangimentos, uma vez que ao longo de 20 anos vamos ter que amortizar mais de um milhão de euros de dívida por ano – dinheiro que devia ser usado para o desenvolvimento do concelho nos próximos mandatos – mas, apesar de tudo, este plano assegura uma margem de investimentos que nos permite acreditar na implementação da Agenda 21 Local. É nesse equilíbrio difícil entre pagar dívidas e fazer investimentos que temos que construir o nosso futuro. Sendo certo que o “tempo das vacas gordas” passou e hoje vivemos uma realidade completamente diferente no país e no mundo. No Alandroal, em particular, as vacas nem sequer eram gordas, estavam inchadas de endividamento para bem parecer. Nem somos tão pobres como nos pintaram no passado nem tão ricos como recentemente nos quiseram fazer parecer. Somos um concelho onde é preciso arregaçar as mangas, falar menos e trabalhar mais!


II.

Trace-nos um brevíssimo diagnóstico para o Concelho do Alandroal em termos de presente? Acha que temos um futuro prometedor?

Se não acreditasse num futuro prometedor para o concelho não andava aqui.
Temos futuro porque somos um concelho que pela riqueza natural e patrimonial, pela história e cultura, pelas acessibilidades e proximidade com Espanha, por estar simultaneamente na Zona dos Mármores e em Alqueva tem um potencial de desenvolvimento acima da média dos concelhos vizinhos e dos concelhos do interior no geral, mas não há milagres. Só com muito trabalho ao longo do tempo se pode concretizar essa realidade. Acredito nessa realidade e nestes quase quatro anos fiz tudo para criar os “alicerces” que nos aproximam dela. Gostava de continuar a dar o meu contributo para o crescimento das “paredes” deste edifício nos próximos anos e um dia ver concretizado o mais que merecido “telhado” para os nossos filhos e netos. Porque acredito neste edifício chamado “Concelho do Alandroal”.
O que sempre faltou ao concelho foi trabalho sério e estratégia de longo prazo.
Sempre ouvi dizer que “temos a vantagem de estar perto de Espanha”, mas nunca vi ninguém fazer nada para tirar partido disso. Agora, pelo contrário,  estamos a trabalhar a sério com Olivença e queremos chegar a Badajoz, Cáceres e Mérida. Nunca antes tinha havido, do ponto de vista político, o mais pequeno esforço de aproximação. Houve geminações com Cuba, Cabo Verde, Brasil que a única coisa que deixaram foi grandes contas para pagar e nunca se olhou para o lado, onde os benefícios para as populações podem ser simples e imediatos.
Sempre ouvi dizer que “o Endovélico é único no mundo e só nosso” mas nunca vi ninguém fazer nada para o promover ou criar um museu. Agora, pelo contrário, criámos o “Terras do Endovélico”, estamos a projectar o museu, criámos o centro de estudos, estamos a apoiar publicações, escavações, etc.
Sempre ouvi dizer que “temos um grande tradição no peixe do rio  e o nosso concelho é conhecido por isso”, mas nunca vi ninguém fazer nada para promover essa tradição e com isso trazer visitantes. Agora, pelo contrário, criámos a “Mostra Gastronómica” e já se pode comer peixe do rio em todos os restaurantes do concelho (antes da mostra havia um único a servir peixe) e a procura de peixe já permite a existência de pescadores profissionais.
Sempre ouvi dizer que “os nossos monumentos, os nossos castelos, são a nossa maior riqueza”, mas muito pouco se fez para os recuperar e tornar atraentes para os visitantes. Vendeu-se gato por lebre até à exaustão com “o concelho dos três castelos” que depois eram três ruínas que causavam – e ainda causam –grande desilusão aos turistas. Agora, pelo contrário, temos um plano contínuo de intervenções no património que já começou no castelo do Alandroal, vai estender-se à fonte da praça e à Capela da Boanova, ao castelo de Terena e à Misericórdia de Terena, Rocha da Mina, o Posto da Guarda Fiscal de Montejuntos, para mencionar os que já tem trabalho em desenvolvimento.
Sempre ouvi dizer que “o nosso concelho tem um grande potencial turístico, agrícola e agro-industrial” mas nunca vi a câmara fazer nada de concreto para ajudar os empresários a construir essa realidade. Agora, pelo contrário, ajudámos a criar uma associação empresarial, temos em desenvolvimento investimentos comuns com a Associação de Beneficiários do Lucefecit, estamos a estabelecer pontes com Espanha e com outros países da Europa, e tudo sem sair de cá! É verdade que é o momento mais difícil para este trabalho, mas por isso mesmo é que não podemos perder mais tempo.
E podia continuar com o “sempre ouvi dizer” e “nunca vi fazer”. Porquê? Ajudem-me a responder os que puderem, mas a verdade é que estava tudo aí, à espera de ser feito.
É claro que os resultados de uma estratégia deste tipo demoram a aparecer. Não dão votos no imediato. É um risco para quem governa mas é o que o concelho precisa. E sempre se apostou em estratégias mais “seguras” de curto prazo. Mas imagine onde estaríamos hoje se todas estas estratégias de desenvolvimento tivessem sido começadas há 30, 20 ou mesmo 10 anos atrás!
Mais vale tarde que nunca – teremos que dizer – mas está aqui grande parte da explicação para o nosso atraso histórico em relação aos concelhos vizinhos.


Em que situação estão as obras da Biblioteca Municipal? E já agora que utilidade se pretende dar ao Parque onde se fizeram as Expo-Guadiana?

A obra da biblioteca municipal começou em 3 de Junho de 2005 e tinha um prazo de execução de um ano. Tinha um custo total de cerca de 1,5 milhões de euros. Financiada a 50% pelo Terceiro Quadro Comunitário de Apoio (QCAIII) e 45% pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), à câmara correspondia apenas 5%, ou seja 75 mil euros.
Os projectos do QCAIII tinham que ser executados até à data final de encerramento do quadro comunitário, Junho de 2009, o que não se veio a verificar.
Portanto, hoje, a situação é a seguinte: precisamos ainda de mais de 500 mil euros para concluir a obra e estamos a ser pressionados pela CCDR para devolver mais de 360 mil euros de financiamento recebido. Ou seja, uma obra que teria custado à câmara 75 mil euros se tivesse sido concluída no prazo previsto (ou mesmo em quatro vezes o prazo previsto!) exige, hoje, para ser concluída quase um milhão de euros dos escassos recursos da câmara. É esta a dimensão do problema.
Quanto ao chamado “parque de feiras e exposições” é de longe o local onde, ao longo do tempo, das mais diversas formas, mais dinheiro “se enterrou”.
É impossível calcular com exactidão tudo o que ali se gastou: custo do terreno, sucessivas terraplanagens e instalação de equipamentos eléctricos (cada vez que havia uma feira), aluguer de tendas e outros equipamentos, construção de vedações (foram feitas pelo menos duas, a última em 2009), etc. Foram milhões que não se traduziram em nada.
Para além disso, o projecto de um “mega-pavilhão de eventos” no parque de feiras estava totalmente desajustado da nossa realidade como se tem provado em concelhos vizinhos. O actual quadro comunitário já não estava orientado para financiar projectos deste tipo e o que se conhece do próximo, ainda menos.
Hoje temos em desenvolvimento um estudo prévio que oportunamente será apresentado à população para discussão e que prevê uma total inversão da filosofia do espaço numa lógica de “parque verde” com espaço para a praça de touros e um picadeiro com escola de equitação (numa lógica de concessão privada), jardins, circuito de manutenção, “skate-park”, hortas comunitárias, etc.


Pode adiantar-nos  algo mais sobre o andamento das Comemorações dos Forais?

Este era outro assunto que estava totalmente esquecido e que não podemos deixar de assinalar com a devida dignidade pela sua importância histórica e pela circunstância de termos três forais num único concelho. As Comemorações dos 500 Anos dos Forais Manuelinos de Juromenha, Terena e Alandroal estão a decorrer de Outubro de 2012 a Janeiro de 2016 com os principais eventos agendados para o período de Outubro de 2014 a Outubro de 2015. Já está constituída uma comissão “ad hoc” para orientar científica e culturalmente os trabalhos, estão estabelecidos os contactos com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo para o restauro dos exemplares do município e contamos apresentar o programa das comemorações muito em breve em data e local a designar. As comemorações envolvem o restauro dos originais, uma edição “fac simile” conjunta dos 3  forais e podem ainda envolver recriações históricas, conferências, exposições e outros momentos distribuídos pelas três localidades do concelho.


Esclareça-nos sobre o projecto “Endovelico”?  As pessoas continuam envolvidas?

O projecto “Endovélico” é e continuará a ser uma das nossas grandes prioridades. Como traço cultural, é um dos nossos principais factores de diferenciação e de afirmação mas a verdade é que, mesmo dentro do concelho, ainda muitas pessoas desconhecem a real importância que este deus e o seu culto teve no contexto da Lusitânia romana.
Neste mandato desenvolvemos o estudo prévio do centro interpretativo/museu em colaboração com o Museu Nacional de Arqueologia e contamos apresentar o projecto definitivo em Julho próximo. Será um espaço onde o espólio do Endovélico terá um lugar central mas muito interactivo, capaz de mostrar às crianças e jovens das escolas o que era a vida romana no nosso território há 2000 anos atrás. Será também um verdadeiro museu do concelho com uma forte componente etnográfica e da relação com a fronteira. Contamos que seja um espaço capaz de atrair de forma contínua um número significativo de visitantes com destaque para estudantes de todo o país mas também de Espanha.
Lançámos o Festival “Terras do Endovélico”, que terá este ano a sua terceira edição, num formato que conjuga a promoção cultural com a feira de actividades económicas, num modelo muito sustentável mas que procura ser o ponto alto da afirmação do território.
Criámos o “Centro de Estudos do Endovélico” que está a juntar os especialistas na orientação científica do projecto do museu, mas também a criar outras dinâmicas, com destaque para o programa educativo que vai levar a arqueologia até às escolas e a todas as crianças do concelho.
Estamos a desenvolver um documentário sobre as “Terras do Endóvelico” (para apresentar em Julho), financiado por fundos comunitários, e que será um importante cartão de visita do concelho.
Fruto do trabalho do centro, teremos, também em Julho um congresso científico que vai juntar todos os investigadores nacionais e internacionais da temática. As comunicações deste congresso darão corpo à primeira edição dos “Cadernos do Endovélico” que ao longo do tempo continuarão a nova produção científica e a enriquecer o centro de estudo.
Para nós o mais importante é que as crianças e as pessoas do concelho conheçam e valorizem este legado histórico e cultural. Só assim poderemos aumentar a nossa auto-estima em relação ao concelho e à sua riqueza cultural e transmitir aos visitantes.
Como parte desta estratégia posso adiantar que, antecedendo o congresso de Julho, a câmara vai organizar um conjunto de visitas guiadas de pequenos grupos ao Museu Nacional de Arqueologia para que conheçam a real importância deste legado no contexto da Arqueologia nacional.


Uma das acusações de que é alvo, é a da fraca oferta cultural apresentada no Fórum Cultural (principalmente o pouco aproveitamento do projecto TEIAS) e do modo como o responsável da programação foi demitido. Concorda com essas criticas? Pode justificar-nos os motivos da sua posição?

Não concordo em absoluto com o “pouco aproveitamento do programa TEIAS” porque a câmara não só vai esgotar os espectáculos que lhe estavam reservados como ainda vai aproveitar algum do financiamento que estava reservado para outras câmaras, que não foi por estas utilizado, para contratar novos espectáculos. Considero até particularmente interessante o modo como estamos a utilizar o serviço educativo do programa para dar apoio às actividades da biblioteca municipal que graças a isso e ao restante trabalho está a desenvolver uma actividade digna de nota.
Quanto à suposta “fraca oferta cultural” – questão que, em boa verdade, ainda não me foi colocada por nenhum munícipe directamente – provavelmente, estão em causa diferentes conceitos de cultura e de disponibilidades.
Para nós a “forte” oferta cultural não significa um conjunto sucessivo de actuações de “nomes sonantes” no Fórum Cultural a um preço que o município não poderia pagar em circunstâncias normais, quanto mais em situação de grandes dificuldades financeiras e para um público muito restrito.
O que tínhamos era um grande consumo de recursos para chegar às poucas dezenas de pessoas que frequentavam o “Café-Concerto” ou que assistiam aos espectáculos do auditório.
Para nós a prioridade é e será sempre promover uma cultura que chegue às pessoas e de que as pessoas façam parte. Por isso canalizamos os poucos recursos que temos prioritariamente para esse fim.
Estamos a apoiar de forma mais consistente os projectos culturais existentes no concelho, como a Banda da Escola de Música do Centro Cultural do Alandroal que já conta com uma banda juvenil recentemente criada.
Apoiámos os Cantadores dos Reis com a edição do CD.
Estamos a financiar novos projectos como o grupo de música tradicional “Trigueirão do Relheiro” de Hortinhas e, da mesma forma, vamos apoiar a criação de um rancho folclórico. Nada disto existia.
Estamos a proporcionar às crianças aulas de guitarra através da Escola Popular e iniciámos este ano um projecto de música para todas as crianças do ensino pré-escolar e de terapia da fala para o 1º Ciclo. Nada disto existia.
A Escola Popular tem quase 700 alunos, mais de 10% da população, em grande parte idosos, distribuídos por todo o concelho que beneficiam de aulas de teatro, danças de salão, yoga, ginástica, inglês, história, informática. Nada disto existia.
E não nos podemos esquecer que todo o trabalho na temáticas do Endovélico, dos forais manuelinos, das memórias paroquiais, da antologia de poetas populares  e de outras publicações que temos em preparação correspondem a investimentos na área cultural, onde muito pouco se estava a fazer antes.
Penso que não se pode pedir mais oferta cultural ou outra oferta cultural, num momento em que a grave crise que estamos a viver obriga a câmara a um esforço muito maior para canalizar grande parte dos recursos financeiros para apoio directo às famílias  em termos de acção social e educação.
Quanto ao antigo programador cultural, tenho por ele o maior respeito como artista e como profissional e sempre que se justifique, como aconteceu com o CD dos cantadores dos reis, trabalharemos com ele. Mas para o trabalho que estamos a desenvolver e para as prioridades que estão definidas temos no quadro da câmara pessoas com a capacidade e competência necessárias, como se tem demonstrado, pelo que merecem a minha total confiança.


Também ultimamente não cessam as críticas à forma como tem gerido os contratos por ajuste directo quer com pessoal contratado quer com certas obras a realizar. Poderá esclarecer os nossos leitores sobre o assunto?

Não sei que criticas são essas já que não chegaram às sessões de câmara ou à assembleia municipal, lugares próprios para aparecerem e serem discutidas. No nosso concelho faz-se muita “politica de café” ou do boato e do anonimato e pouca politica séria e frontal nos locais próprios. Não contem connosco para alimentar esses caminhos.
Posso dizer que os contratos de ajuste directo que hoje se fazem na câmara são feitos com absoluta transparência, num escrupuloso cumprimento da legislação em vigor e para fazer face a necessidades reais e concretas para que a câmara desenvolva a sua actividade e concretize da melhor maneira as prioridades para que este executivo foi eleito com enorme respeito pelos escassos recursos públicos que temos ao nosso dispor.
Vários desses contratos já vêm do mandato anterior e mantiveram-se por serem necessários. Outros resultam de termos um quadro de pessoal desajustado das reais necessidades e que não pode ser ajustado por estarmos impedidos de abrir concursos por força do excesso de endividamento. Por exemplo, A câmara não tem nos seus quadros um único arquitecto, um engenheiro civil ou um técnico superior da área de informática. Se eles existissem não teríamos que recorrer a serviços externos.
Os restantes são para projectos concretos, quer seja para projectos técnicos de obras (muitos nas áreas de remodelação e alargamento das redes de água e saneamento do concelho, requalificação de caminhos e recuperação do património), quer seja para concretização de projectos com financiamento comunitário, como foi o caso do sistema de cinema 3D, o barco para os bombeiros, a Agenda 21 Local, etc.
Hoje fala-se mais de ajustes directos porque a legislação mudou muito e obriga a que todas as despesas superiores a 5 mil euros tenham por base as regras da contratação pública e sejam publicitadas. Até 2009 não era assim. Hoje – e ainda bem que é assim! –  todos os ajustes são publicados numa base de acesso público. Mas se querem falar sobre ajustes directos convido a consultar o que está publicado na base para 2009, até ao final de Outubro, só em relação à ultima Expo-Guadiana e Festas de Setembro.
Hoje só temos um objectivo: pôr a câmara a funcionar e as respostas serem as exigidas pelos munícipes! Duma coisa podem ter a certeza, hoje os contratos de avença são com pessoas ou empresas que realmente fazem trabalho para o município, que na maior parte dos casos vivem ou estão ligados ao concelho, que assim ajudam famílias a não ter que deixar o concelho num momento de crise muito grande. Hoje não há, como já houve no passado,  avenças milionárias na câmara para pessoas que nem cá punham os pés!


Foi bem aceite por todos o patrocínio da Autarquia para a realização do CD dos Cantadores dos Reis. Pensa a Autarquia seguir procedimento idêntico com outros agrupamentos culturais principalmente com a Banda do Centro Cultural?

Como já disse, a nossa prioridade é para o apoio aos agentes culturais locais. O CD dos Cantadores dos Reis foi uma proposta do grupo para assinalar o seu 23º aniversário com a qual concordámos desde o primeiro momento. É claro que a câmara trata todos os agentes culturais do concelho com o mesmo respeito e estamos disponíveis para apoiar todas as propostas que façam sentido. Posso adiantar que a edição de um CD da Banda já está a ser equacionada e espero que o grupo de cantares tradicionais “Trigueirão no Relheiro” tenha em breve a qualidade e a projecção que justifique uma edição semelhante.

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