quarta-feira, 30 de novembro de 2011

AINDA O IMI 2012

Alandroal:
Município vai ter Menos Receitas de IMI por Decisão da Assembleia Municipal

Contrariando a proposta do executivo camarário de manter as taxas de IMI nos valores praticados no concelho nos últimos 10 anos, as bancadas do PS e da CDU, na última reunião de Assembleia Municipal, impuseram para 2012 a cobrança da taxa mínima.
O Presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo, procurou justificar a manutenção das taxas face ao profundo endividamento do Município (a redução de receita levará, necessariamente, ao agravamento dos limites de endividamento, largamente ultrapassados e que o actual executivo se tem esforçado por diminuir), à redução nas transferências previstas para o Município no Orçamento de Estado para 2012, que pode chegar aos 300 mil euros, e à necessidade de canalizar verbas adicionais para apoios sociais num momento de crise, referindo que muito gostaria de poder propor uma redução das taxas mas que a situação das contas do município não o permite.
As bancadas do PS e da CDU mostraram-se insensíveis a estes argumentos e chumbaram a proposta, ficando assim em vigor as taxas mínimas de 0,4 % para os prédios urbanos e 0,2% para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI. João Grilo criticou de forma dura esta postura, e referiu que se é verdade que a CDU sempre se manifestou contra as taxas em vigor, tinha agora a oportunidade de, num momento particularmente difícil para o Município, repensar as suas prioridades.
O Presidente lamentou sobretudo a posição da bancada do PS que, votando inclusive de forma diferente da do seu vereador – que em reunião de câmara optou pela abstenção – revela uma total incoerência com a posição assumida ao longo dos dois mandatos em que estiveram no poder e nos dois anos deste mandato, num total desligar da resolução dos problemas financeiros que foram criados nesses dois mandatos.O Presidente prevê, com esta decisão, uma perda de receitas, em impostos directos, que pode chegar aos 50% a que se juntam os 300 mil euros de corte nas transferências do Orçamento de Estado, “é muito dinheiro para quem tem tão pouco e tem que se preparar para enfrentar o ano mais difícil de sempre para a Autarquia do Alandroal nas últimas décadas”. Contudo, garantiu que face a esta decisão da Assembleia, “esse dinheiro vai ter que sair de algum lado” para garantir o funcionamento da autarquia. “Vamos ter que intensificar os cortes já previstos para 2012 nas despesas de funcionamento da câmara e nas actividades desenvolvidas, e quem o vai sentir seremos todos nós, no entanto, não vou deixar que o dinheiro falte onde as pessoas mais precisam: nos apoios sociais, na educação, ou nos apoios aos idosos”, garantiu Joao Grilo.

Fonte: Gabinete de Imprensa da CMA

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