quarta-feira, 27 de abril de 2011

25 de Abril 2011 - Intervenção do Presidente da Câmara

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal,

Srs. Vereadores, Srs. Presidentes de Junta e restantes autarcas,

Minhas senhoras e meus senhores,

Caras amigas, caros amigos,

Quero antes de mais felicitar a Sra. Presidente da Junta pelo trabalho seu trabalho que hoje inauguramos e pelo modo como estamos a ser e sempre fomos, bem recebidos nesta terra. Este trabalho é a prova de que com o apoio certo da câmara, as juntas de freguesia, com a sua dinâmica própria, podem fazer a diferença ao serviço das populações.

Celebramos o 25 de Abril num momento de profunda crise que a todos nos levanta dúvidas quanto ao futuro! Não adianta perguntar como chegámos aqui. Já todos vamos percebendo como. Importa saber como vamos seguir em frente.

Todos sabemos também que no concelho enfrentamos dificuldades acrescidas face ao estado de quase falência em que ficámos. A autarquia, por sua vez, lida todos os dias o melhor que pode com uma situação financeira no limite de sustentabilidade enquanto procura recuperar dos excessos do passado.

Se não fosse a pesada dívida que temos às costas teríamos, à partida, mais margem de manobra e mais capacidade de resposta. Não é motivo para baixarmos os braços...

Nas últimas eleições os munícipes deste concelho escolheram ser governados por quem lhes prometeu verdade, honestidade, transparência e muito trabalho para mudar o concelho.

Porque prometemos verdade, não escondemos as dificuldades que enfrentamos.

Porque prometemos honestidade, não prometemos aquilo que não podemos cumprir.

Porque prometemos transparência prestamos contas todos os dias das nossas acções.

Porque prometemos muito trabalho, é a trabalhar no concelho e para o concelho que ocupamos o nosso tempo.

E porque prometemos a mudança, sabemos que apesar das dificuldades não nos podemos afastar desse caminho.

Tenho sentido que é um caminho difícil e cheio de obstáculos. Sempre foi assim o caminho dos justos. Não esperava outra coisa.

Há quem prefira meias verdades à verdade completa.

Há quem prefira que lhes vendam ilusões à honestidade.

Há quem prefira a dissimulação à transparência.

E há quem prefira fingir que trabalha a trabalhar a sério.

Mas tenho sentido também muito apoio e muita compreensão e como tal acredito que a grande maioria dos nossos munícipes não só quer que continuemos assim, como exige que continuemos assim, porque já foram demasiado enganados no passado.

E é esse o nosso compromisso que hoje aqui reforço: continuar a trabalhar com verdade, honestidade, transparência e dedicação absoluta.

37 anos depois do 25 de Abril de 1974, pode haver quem se sinta desiludido com o ponto em que estamos. Quem pense que muitas das promessas de Abril estão ainda por cumprir e outras parecem hoje mais distantes.

É verdade que enfrentamos tempos incertos, mas não tenhamos a mais pequena dúvida, as dificuldades da vida democrática são sempre preferíveis às promessas da ditadura.

A liberdade precisa de ser reforçada todos os dias com empenho, com disponibilidade, com acções concretas.

Este é um momento em que a sociedade civil deve dar o seu contributo máximo e não ficar apenas à espera que os políticos resolvam!

Hoje, mais do que nunca, devemos estar unidos pelo concelho, unidos pelo país, unidos pela democracia, unidos pela nossa forma de vida e pelo futuro dos nossos filhos!

É neste sentido que temos trabalhado de modo especial para enfrentar a crise. Apesar das dificuldades, temos procurado desenvolver, desde o início do mandato, um trabalho de resposta atempada, de proximidade e de compromisso com o que a população espera da Autarquia.

Procuramos não defraudar as expectativas dos fornecedores locais e pagar a tempo e horas.

Estamos atentos aos nossos compromissos na educação, na acção social (cartão social do idoso) e noutras respostas.

Não descurarmos a construção de um projecto de futuro para o concelho com os pés bem assentes na terra, através de um significativo conjunto de medidas de apoio aos empresários e à economia local.

Para além de tudo o que já está no terreno, estamos a preparar novas medidas para aumentar a nossa capacidade de resposta social em tempo de crise.

Temos em fase de discussão pública um Regulamento de Intervenção Social no Município de Alandroal que pretende constituir-se como um plano de acção social direccionado às famílias em situação de pobreza ou carência financeira motivadas por situações de desemprego de um ou dois elementos do agregado familiar.

Paralelamente, estamos a preparar um protocolo com o Centro Social e Paroquial de Alandroal para um reforço da valência “família e comunidade” que apoia directamente os mais necessitados.

Vamos formalizar um protocolo de colaboração com os Bombeiros Voluntários de Alandroal para garantir que estes vão ter condições para estar próximo das pessoas quando são necessários.

E por fim, porque em tempo de crise é particularmente importante que estejamos todos do mesmo lado na procura de soluções, vou promover a criação de um Conselho Consultivo Municipal, constituído por membros da sociedade civil do concelho, para enriquecer o debate e ampliar a reflexão sobre o rumo a traçar.

Nos nossos quase 900 anos de história já mostrámos muitas vezes que somos um povo capaz de enfrentar as maiores dificuldades e seguir em frente.

O povo sempre soube, nas mais diversas situações, escolher os políticos que o país ou que o concelho precisavam. Acreditamos que somos, hoje, o exemplo disso!

É nos momentos difíceis da vida e da política que os homens e mulheres se distinguem uns dos outros. Os que lutam por construir e não deixam de acreditar num futuro melhor para todos e os que, pelo contrário, vêm na política um meio para outros fins.

Quero destacar aqui dois homens, dois filhos desta terra onde estamos, que tem sabido estar do lado certo nos momentos difíceis colocando os interesses do concelho acima de tudo.

O Vereador Costa que tem colocado a sua experiência e trabalho continuado ao serviço do desenvolvimento desta freguesia e deste concelho, mesmo quando já tinha provas dadas e quando teria sido muito mais fácil nada fazer.

O Vereador Galhardas que nunca virou as costas às dificuldades e no momento certo não hesitou fazê-lo mais uma vez.

Quero dizer-vos que tenho absoluta confiança nestes dois homens para enfrentarmos juntos os desafios que ai vêem.

Estendo esta confiança a toda a minha restante equipa e a todos vós. Porque a vossa ajuda é fundamental para o sucesso da nossa missão. Juntos fazemos a diferença todos os dias.

Viva o 25 de Abril,

Viva o Concelho do Alandroal,

Viva Portugal.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

25 de Abril 2011


O MUDA convida toda a população a associar-se às comemorações do 25 de Abril promovidas pela autarquia!

Manuel Aires Mateus assina Requalificação do Castelo de Alandroal


Município vai Avançar com Requalificação do Interior e Iluminação com Financiamento Comunitário

Aires Mateus é um dos mais conceituados arquitectos portugueses da actualidade sendo responsável por projectos tão emblemáticos como o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, na Ilha São Miguel Açores, ou o Museu do Farol de Santa Marta, em Cascais. Vence o concurso de ideias para a reabilitação do Parque Mayer, em Lisboa e, entre outros prémios nacionais e internacionais conta com uma menção honrosa no concurso para o Grande Museu Egípcio, no Cairo.


A intervenção envolve um montante próximo dos 400 mil euros e será financiada no âmbito do INALENTEJO, regulamento Política de Cidades – Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, com uma taxa de comparticipação de 85%.

Este projecto foi desenvolvido em parceria com o IGESPAR e a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e conta com o parecer favorável destas entidades.

Também em parceria com a Direcção Regional de Cultura está a ser desenvolvido um Plano estratégico para o Castelo de Alandroal que visa enquadrar futuras intervenções ainda necessárias, como por exemplo, a reabilitação do caminho de ronda.


João Grilo, presidente da autarquia, referiu que “muito se tem falado de requalificação do vasto e riquíssimo património arquitectónico e monumental do concelho, mas este é o primeiro passo concreto e significativo nesse sentido, facto que muito orgulha este executivo, uma vez que é um projecto desenvolvido de raiz neste mandato e representativo do rumo que queremos traçar. A requalificação do castelo e os eventos culturais que estamos a perspectivar para este espaço são uma das melhores formas de projectar este concelho”.

Fonte: Diário do Sul, 22.04.2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Alandroal: Crise aumenta pressão para respostas a nível local, diz autarca

As medidas de austeridade associadas ao resgate UE./FMI vão ter reflexos no dia-a-dia dos portugueses. No Alandroal, a Câmara prepara um plano de acção social direccionado às famílias em situação de pobreza ou carência financeira. «O actual cenário de crise aumentará seguramente a pressão sobre a autarquia para dar as respostas que vão faltar do lado do poder central e o total alcance das necessidades é ainda difícil de prever», diz João Grilo, presidente da autarquia.

Num concelho com cerca de 6.500 habitantes (quase 30 por cento da população tem mais de 65 anos), as apostas locais em termos de educação e acção social são determinantes para combater as tendências de despovoamento dos últimos anos. Acresce que neste concelho, os dados mais recentes apontam para meia centena de beneficiários do Rendimento Social de Inserção e para 170 inscritos no subsídio de desemprego.

Num momento de crise, assinala o autarca, a Câmara, por sua vez, lida todos os dias, o melhor que pode, com uma «situação financeira no limite de sustentabilidade enquanto procura recuperar dos excessos do passado». «Mesmo que não existisse uma crise nacional, o Alandroal já teria pela frente pelo menos 12 anos de grandes dificuldades em virtude do passivo de cerca de 30 milhões de euros acumulado nos últimos 8 anos e do consequente Plano de Saneamento Financeiro (leia-se empréstimo) em que está envolvido. Convém lembrar que entre o que foi gasto e o que ficou em dívida, foram comprometidos mais de 90 milhões de euros em dois mandatos. Não deviam estes 90 milhões de euros – 18 milhões de “contos” – ter outra visibilidade? Ter projectado o Alandroal para outro patamar? Ter preparado o concelho para enfrentar a crise com outras possibilidades? Para onde foram e em que se transformaram? Vamos ter muito tempo para procurar, entre todos, respostas para estas questões. Nisto como em muitas outras coisas, “o Alandroal é Portugal”, como disse Miguel Sousa Tavares, mas tal não nos serve de consolo», refere João Grilo.


Proximidade


No limite e, apesar das dificuldades, a Câmara assegura que tem desenvolvido desde o início do mandato um trabalho de «resposta atempada de proximidade e de compromisso» com o que a população espera da Autarquia - «Procuramos não defraudar as expectativas dos fornecedores locais. Assim como estamos atentos aos nossos compromissos na educação, na acção social (cartão social do idoso) e noutras respostas. Tudo isto sem descurarmos a construção de um projecto de futuro para o concelho com os pés bem assentes na terra, através de um significativo conjunto de medidas de apoio aos empresários e à economia local».

Segundo Grilo, a autarquia prepara ainda «novas medidas para aumentar a capacidade de resposta social em tempo de crise». E explica: «Temos em fase de discussão pública um Regulamento de Intervenção Social no Município de Alandroal que pretende constituir-se como um plano de acção social direccionado às famílias em situação de pobreza ou carência financeira motivadas por situações de desemprego de um ou dois elementos do agregado familiar. Paralelamente, estamos a preparar um protocolo com o Centro Social e Paroquial de Alandroal para um reforço da valência “família e comunidade” que apoia directamente os mais necessitados. Vamos formalizar um protocolo de colaboração com os Bombeiros Voluntários de Alandroal para garantir que estes vão ter condições para estar próximo das pessoas quando são necessários».

A finalizar, o autarca adianta a criação de um Conselho Consultivo Municipal, constituído por membros da sociedade civil do concelho, para «enriquecer o debate e ampliar a reflexão sobre o rumo a traçar».


Quarta, 13 de Abril de 2011 - 11:18

Fonte: Notícias Alentejo

domingo, 3 de abril de 2011

MUDA INFORMA



Cordão humano em Alandroal contra alterações ao transporte de doentes não urgentes
Sábado, 02 Abril 2011 21:19
Várias centenas de pessoas participaram hoje na vila alentejana de Alandroal num cordão humano, em protesto contra as alterações introduzidas no transporte de doentes não urgentes.

O cordão humano, que integrou pessoas das várias localidades do concelho de Alandroal, decorreu entre a Praça da República e o Centro de Saúde da localidade.

O presidente do município, João Grilo, que integrou a iniciativa, disse à Agência Lusa que o objetivo do cordão humano foi o de “chamar a atenção para os problemas que se vivem atualmente em relação ao transporte de doentes não urgentes”.

“Temos um registo contínuo e constante de situações de pessoas que deveriam beneficiar de transporte face às suas situações clínicas e que não estão a ter esse benefício”, salientou o autarca, eleito por um movimento independente.

João Grilo referiu ainda que “não se pode permitir que pessoas que têm direito a transporte para consultas, exames médicos e tratamentos, fiquem privadas desse direito, e não tendo condições económicas para as deslocações, fiquem em casa”.

“O mais importante é que todas as entidades se conjuguem para que nem uma pessoa que tenha direito a transporte para consulta ou para fazer tratamento ou exame médico, fique privada desse direito”, realçou.

Segundo o autarca, vai decorrer na sexta-feira outra reunião, sobre esta situação, entre a autarquia e as entidades responsáveis pela saúde no concelho e no distrito de Évora.

O deputado do PCP eleito pelo círculo de Évora João Oliveira, que participou também no cordão humano, considerou que “medidas deste tipo, de corte no transporte de doentes e nos direitos à saúde fazem-se sentir no concelho de Alandroal de uma forma duplamente gravosa”.

“Trata-se de uma região com uma população envelhecida, com poucos recursos económicos e que não tem condições de custear aquilo que é um direito que a Constituição prevê, o direito à saúde”, salientou.

Rita Martins, 62 anos, residente em Alandroal, participou no cordão humano para exigir que seja “resolvida a situação do corte nas credenciais” para o transporte de doentes não urgentes.

Outro residente no concelho, Manuel João Palhoco, 77 anos, que integrou a iniciativa, disse à Lusa que “é um problema a falta de transporte para os doentes”, acrescentando que “as reformas são baixas e não chegam para pagar as deslocações”.

O vereador do município de Alandroal, Custódio Costa (CDU), numa intervenção junto ao Centro de Saúde, exigiu a “revogação o mais rapidamente possível do despacho do Governo” relacionado com o transporte de doentes não-urgentes.

Assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, o despacho, que entrou em vigor a 01 de janeiro, determina que o acesso ao transporte pago pelo Ministério da Saúde passa a ter que responder obrigatoriamente a dois requisitos: prescrição clínica e insuficiência económica.