Reacção à falta de renovação nos partidos?
CANDIDATURAS INDEPENDENTES MULTIPLICAM-SE POR TODO O PAÍS
São mais de 50 as listas para as câmaras apresentadas por movimentos de cidadãos. Só nos concelhos da corda interior do Alentejo surgiram 11 candidaturas.
O crescente número de candidaturas suportadas por grupos de cidadãos parece ser um dos sintomas da resposta da sociedade à captura das autarquias pelos aparelhos partidários. Mesmo tendo em conta que em muitos casos resultam de dissidências no seio dos partidos, a expressão numérica que o fenómeno atinge nestas eleições não deixa de reflectir uma reacção ao aparente bloqueio que, por regra, as estruturas partidárias impõem aos movimentos de renovação.
[…]
Das 21 listas de cidadãos em 2001, as candidaturas independentes subiram para 27 nas eleições de 2005, mas o número dispara agora para, pelo menos, meia centena…[…]…sendo nos concelhos da corda interior do Alentejo onde o fenómeno parece, desta vez, atingir uma maior expressão. São nada menos que onze os pequenos municípios desta zona do país que vão ser disputados por grupos de cidadãos independentes, alguns resultantes também de cisões partidárias. É o caso de Campo Maior, onde o actual presidente da câmara, João Burrica, avança como independente depois de o PS o ter substituído, ou de Alandroal, onde o actual vice-presidente protagoniza uma candidatura independente em reacção ao facto de o actual presidente, João Nabais (PS), estar a ser alvo de investigações judiciais. Concelhos há também onde lado a lado com as candidaturas dos partidos surgem dois movimentos de cidadãos, como acontece em Marvão, Tomar e Amadora.
[…]
Público, 24.08.2009 pag. 7
NOTA:
Neste artigo, onde se destaca a importância crescente que os movimentos independentes de cidadãos assumem no panorama autárquico nacional, encontramos duas imprecisões que importa clarificar.
Primeiro, como todos sabem, João Grilo, que lidera o MUDA, renunciou ao cargo de vice-presidente da câmara de Alandroal em Março de 2009.
Segundo, embora consideremos que nenhuma investigação judicial do tipo da que está a ser alvo o actual presidente (que para além de não ser tão rotineira como se quer fazer crer) dignifica um concelho na sua imagem e a auto-estima da sua população, a verdade é que ainda acreditamos na justiça e do que ela vier a ditar serão retiradas oportunas elações. Nunca antes disso.
Portanto, não é aqui que residem as nossas principais motivações. Elas estão na resolução dos problemas estruturais do concelho e na apresentação de soluções de governação que melhorem a vida das pessoas e lhes permitam ter esperança num futuro melhor.
CANDIDATURAS INDEPENDENTES MULTIPLICAM-SE POR TODO O PAÍS
São mais de 50 as listas para as câmaras apresentadas por movimentos de cidadãos. Só nos concelhos da corda interior do Alentejo surgiram 11 candidaturas.
O crescente número de candidaturas suportadas por grupos de cidadãos parece ser um dos sintomas da resposta da sociedade à captura das autarquias pelos aparelhos partidários. Mesmo tendo em conta que em muitos casos resultam de dissidências no seio dos partidos, a expressão numérica que o fenómeno atinge nestas eleições não deixa de reflectir uma reacção ao aparente bloqueio que, por regra, as estruturas partidárias impõem aos movimentos de renovação.
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Das 21 listas de cidadãos em 2001, as candidaturas independentes subiram para 27 nas eleições de 2005, mas o número dispara agora para, pelo menos, meia centena…[…]…sendo nos concelhos da corda interior do Alentejo onde o fenómeno parece, desta vez, atingir uma maior expressão. São nada menos que onze os pequenos municípios desta zona do país que vão ser disputados por grupos de cidadãos independentes, alguns resultantes também de cisões partidárias. É o caso de Campo Maior, onde o actual presidente da câmara, João Burrica, avança como independente depois de o PS o ter substituído, ou de Alandroal, onde o actual vice-presidente protagoniza uma candidatura independente em reacção ao facto de o actual presidente, João Nabais (PS), estar a ser alvo de investigações judiciais. Concelhos há também onde lado a lado com as candidaturas dos partidos surgem dois movimentos de cidadãos, como acontece em Marvão, Tomar e Amadora.
[…]
Público, 24.08.2009 pag. 7
NOTA:
Neste artigo, onde se destaca a importância crescente que os movimentos independentes de cidadãos assumem no panorama autárquico nacional, encontramos duas imprecisões que importa clarificar.
Primeiro, como todos sabem, João Grilo, que lidera o MUDA, renunciou ao cargo de vice-presidente da câmara de Alandroal em Março de 2009.
Segundo, embora consideremos que nenhuma investigação judicial do tipo da que está a ser alvo o actual presidente (que para além de não ser tão rotineira como se quer fazer crer) dignifica um concelho na sua imagem e a auto-estima da sua população, a verdade é que ainda acreditamos na justiça e do que ela vier a ditar serão retiradas oportunas elações. Nunca antes disso.
Portanto, não é aqui que residem as nossas principais motivações. Elas estão na resolução dos problemas estruturais do concelho e na apresentação de soluções de governação que melhorem a vida das pessoas e lhes permitam ter esperança num futuro melhor.
3 comentários:
Cada vez mais as pessoas estão desligadas dos partidos políticos. Porque será?... Culpa dos políticos, dos partidos ou das pessoas? Eu, na minha modesta opinião e pelo que osculto na sociedade, muitos políticos cairam em descrédito e os eleitores começam finalmente a ter consciência de que há vida para além dos partidos... Que podem MUDAr independentemente porque essa MUDAnça também é uma solução democrática e responsável!
Carlos Galhardas
10 mil contos só para o Tony Carrera. Isto é que é esbanjar dinheiro.
Os pequenos e grandes fornecedores, restaurantes, etc que se lixem...
Como se lixa, o saneamento, os arranjos urbanisticos e os bens culturais. "O que é preciso é alegrar a malta" até quando...
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