quinta-feira, 4 de junho de 2009

A QUEM SERVE UM BOATO?


Há dias identifiquei o «medo» como o principal inimigo de um movimento independente que dá os primeiros passos na luta contra um poder instituído com muitos recursos e poucos escrúpulos para os usar todos.
Mas o medo é alimentado por dois irmãos gémeos que o acompanham por todo o lado e o ajudam a crescer: o «boato» e a falta de informação. Hoje quero falar-vos do primeiro.
O boato é uma notícia de origem geralmente anónima que se propaga pelo “boca-a-boca”, pelo “diz-que-disse”, pelo panfleto anónimo ou, nos tempos que correm, através de comentários anónimos em blogs.
É senhor de uma impressionante capacidade de propagação e à medida que cresce vai ganhando novos contornos, novos coloridos e até apêndices imprevistos. Por onde passa lança a dúvida e confunde a razão. Faz hesitar.
Quando propagado por “boateiros” profissionais (e há por aí muitos e bem pagos!) que nada mais têm que fazer, ainda mais efectivo se torna.
O boato dificilmente se desmente e muitas vezes o desmentido tem o efeito contrário. As tentativas para o desmentir dão-lhe a legitimidade que não tem e a atenção que não merece.
Uma questão que se impõe é a quem serve o boato? Naturalmente, o boato serve a quem tem algo a esconder, a quem espera prosperar no meio da mentira, da dúvida e da confusão. Nunca ajuda quem quer impor-se pela verdade e pela transparência.
O boato ajuda os primeiros – os que faltam à verdade – a dizer que os segundos são iguais a eles. Que no fundo não há diferenças entre ambos. Não conseguindo disfarçar o que são, tentam a todo o custos mostrar que os outros também o são. Fraco consolo digo eu!
Então, como se combate o boato?
Existe uma velha máxima, não sei a quem é atribuída, que diz que se consegue enganar todas as pessoas durante algum tempo ou algumas pessoas durante todo o tempo. Mas não se consegue enganar todas as pessoas durante todo o tempo.
Portanto, por um lado, a mentira combate-se desta forma, sendo sempre o que se é.
O carácter é como o algodão, ao fim de algum tempo, não engana!
Mas isso só não chega, não sejamos ingénuos ao ponto de acreditar que a verdade vence sempre e só por si.
A verdade deixa-se encontrar, mas apenas por quem a procura. Depende da curiosidade e da abertura de espírito, da predisposição para ouvir. Não se revela, precisa de ser isolada de toda a poluição que a envolve.
Desafio todos os alandroalenses a procurarem activamente a verdade por detrás de todos os boatos. A duvidarem e a questionarem. A não levarem para casa a primeira história que vos vendem. Confrontem. Interroguem. Vão ter muitas surpresas. Ou talvez não!
Neste movimento recusamos qualquer associação a boatos, comentários anónimos difamatórios ou outras formas menos transparentes de fazer política. Não os promovemos e ignoramos os que existem.
Simplesmente, não servem os nossos propósitos.
Damos a cara por aquilo que somos e fazemos e quando afirmamos algo assinamos por baixo.
Há uma verdade impossível de camuflar por mais boatos que se lancem: Caberá a todos vós julgar se somos melhores ou piores, nisto ou naquilo. Mas não somos, seguramente, todos iguais, perguntem por aí. E não se deixem levar por boatos!

João Grilo

3 comentários:

Elso Balixa disse...

Boas,
Se me é permitido gostaria de acrescentar mais um ponto neste texto.

O boato consiste no acto de fazer afirmações não baseadas em factos concretos, especulando em relação à vida alheia.

Presente ao longo de toda a História, tal acto é frequentemente ligado à imagem das pessoas de carácter duvidoso.

É um dos fenómenos sociais mais populares há séculos, o boato já interferiu nos rumos da História.

Por isso peço a todos os Munícipes que Mudem a história do nosso concelho. Porque a continuar assim vamos ter uma história triste para contar ás gerações vindouras.

Vamos MUDAr o que há para MUDAr!!

Maria disse...

Prof. Joao Grilo, antes demais gostaria de lhe dar os parabens pela maneira muito interesante e subtil com que escreve. Por outro lado, os meus parabens. Parabens pela vossa coragem, ainda existe gente que não se deixa levar pelas "ondas" politicas, pelo "tacho" e pela submissão. O vosso projecto se assim lhe posso chamar, esta cada vez mais a captar a minha atenção. Nunca pensei, nunca meti a hipotese de um movimento desta natureza provocar tanto alarido. Alarido no bom sentido, as pessoas falam e muito, sentem que esta é a oportunidade de demostrar que somos pessoas esclarecidas, ja não nos vendemos por passeios e festas. Queremos esperança, futuro. Quero que o nosso concelho seja reconhecido pelo desenvolvimento, pelas oportunidades e não pelas festas. Podemos fazer festas, corridas de toiros, passeios e muito mais coisas, mas tenho que esbelecer prioridades. Que o MUDA continue de boa saude, com gente disposta a trabalhar seriamente, com o unico objectivo de olhar pelo proximo, e não por si mesmo.

Anónimo disse...

Sr. João Grilo, que rica forma de eu não rebentar pelas costuras e ter onde poder desabafar.

Quero fazer-lhe um apelo, um apelo que é de extrema importância, para quem tem coração e sentimentos.

Quando ganhar as eleições e digo quando ganhar, porque não me passa pela cabeça que se não for desta, irão continuar com a luta de vencer, doa a quem doer.


Ora então eu apélo para que nunca deixe de ser quem é no futuro, como é agora neste tempo presente.


Sempre foi uma pessoa sensível, simpáctica e próxima do povo.


Eu, que estou cá deste lado, sei o valor que tem,a atencão dispensada
e o interesse de valorizar a população que com mais ou menos cultura, contribui para ser alcançado esse lugar tão desejado.

Tenho uma consideração por si
( nota 10 ).

Detesto pessoas que de valor sentimental nada têm e só esboçam um sorriso, para aqueles que os acompanham em diversões, viagens e tantas outras coisas que para mim, não têm valor algum.

Não suporto,(ALTIVEZ, ARROGÂNCIA, VAIDADE, INDIFERENÇA, NEM DISTANCIAMENTO DAQUELES QUE TUDO FIZERAM PARA HOJE OCUPAREM O LUGAR ONDE SE ENCONTRAM).

Força, MUDAr pra GANHAR E DERROTAR.