terça-feira, 30 de junho de 2009

TEXTOS PARA A MUDANÇA 3 por Ana Rita Alves

Nos tempos que correm são cada vez mais os meios e as formas de chegar às pessoas e de lhes fazer passar as nossas mensagens. Através da publicidade, dos noticiários, da rádio, dos jornais e até por sms’s. Somos constantemente bombardeados com informação cuja “essência” é na maioria das vezes a de nos convencer a comprar, acreditar, seguir, confiar.
Estamos tão ocupados com as nossas “vidinhas” que na maior parte das vezes não nos apercebemos que estas são mensagens enganosas e que nos tentam a todo o custo ludibriar a troco daquilo que temos de mais importante e de mais precioso...a nossa liberdade.
Nós, os da geração pós 25 de Abril, crescemos e vivemos numa sociedade livre, sem medos, sem opressões. Esquecemo-nos muitas vezes que nem sempre foi assim. Nem sempre se pode dizer aquilo que se pensava sob pena de se ser preso, torturado e posto de parte.
Hoje em dia, e passados 35 anos do 25 de Abril custa-me dizer que pouca coisa mudou. Apesar de vivermos em democracia continuamos a viver oprimidos e com medos. Medo de perder o emprego, medo de represálias, medo que nos olhem de forma diferente apenas porque pensamos de maneira diferente da maioria. Instaurou-se um clima de temor assente no lema em que aquele que não pensa como nós está contra nós, aquele que não está do nosso lado é nosso adversário.
Os nossos “opositores” nem sempre são os nossos inimigos. Os que nos contrariam nem sempre estão contra nós. Uma sociedade só pode evoluir porque existem pessoas diferentes e que pensam de maneira diferente. Cabe-nos a todos aceitar essas diferenças para podermos construir uma sociedade mais justa e mais equilibrada, uma sociedade mais livre.
A nossa liberdade é o nosso melhor trunfo. A nossa liberdade é a nossa melhor virtude e um direito que ninguém nos pode roubar ou comprar. A nossa liberdade é NOSSA!! Não se pode vender a troco de nada e a ninguém porque faz parte de nós, da nossa essência enquanto ser humano, do nosso direito enquanto cidadãos.
Há que parar de ter medo de quem somos, de ter medo de assumir aquilo que queremos e que defendemos. Há que MUDAr!!

domingo, 28 de junho de 2009

CERCA DE 400 NA FESTA DA MUDANÇA

2º ENCONTRO DO MUDA DÁ INÍCIO À RECOLHA DE ASSINATURAS















Num almoço que reuniu cerca de 400 apoiantes, o MUDA (Movimento Unidade e Desenvolvimento de Alandroal), iniciou formalmente o processo de recolha de assinaturas para a formalização da candidatura do movimento às próximas eleições autárquicas, marcadas para 11 de Outubro.
A recolha de assinaturas vai continuar nos próximos dias na sede do movimento, em Alandroal, e em acções pontuais por todo o concelho.
Entre as muitas figuras locais de todos os quadrantes políticos que quiseram associar o seu nome a este momento, destaca-se a presença e apoio da Dra. Margarida Godinho, antiga presidente de câmara do Alandroal pela CDU que, reafirmando que se mantêm fiel aos princípios políticos que sempre defendeu, mas referindo que em política local o fundamental são as pessoas, vê na equipa que o MUDA está a preparar a “melhor solução para o futuro do concelho”.
Pelo MUDA, Fátima Ferreira apresentou as razões do seu envolvimento neste projecto que considera poder ser “um projecto vencedor” com a ajuda de todos.
João Grilo apresentou algumas das linhas que irão nortear o programa eleitoral que está a ser construído com a colaboração de todos os interessados. Salientou também a enorme satisfação que se sente dentro do movimento pelo crescente apoio da população, bem expresso neste almoço, deixando apenas uma nota de preocupação pelo clima de atemorização que se vive no concelho, protagonizado pela actual gestão.

sábado, 27 de junho de 2009

LEGISLATIVAS A 27 DE SETEMBRO

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, acaba de anunciar que as eleições legislativas vão realizar-se a 27 de Setembro. À excepção do PSD, todos os partidos se mostram agradados com a decisão.
Numa declaração no Palácio de Belém, o chefe de Estado anunciou que as eleições legislativas vão decorrer a 27 de Setembro.
De acordo com a lei, o Presidente da República poderia marcar o acto eleitoral para uma data entre 14 de Setembro e 14 de Outubro, e a decisão caiu sobre o último domingo de Setembro.
Cavaco Silva disse ter ouvido os partidos, e que cinco se manifestaram «categoricamente contra» eleições legislativas e autárquicas em simultâneo, e que «só um partido» defendia essa solução.
«A opinião dos partidos deve ser especialmente considerada pela Presidente da República», declarou.
Dirigindo-se ao país, Cavaco Silva fez um «apelo ao voto» e manifestou o desejo de que a campanha decorra com «serenidade e elevação» e «que sejam discutidos os problemas reais que preocupam os cidadãos».
O PS já saudou a decisão do Presidente da República de marcar as eleições legislativas para 27 de Setembro, considerando que foi «uma decisão acertada» e que valoriza o «interesse nacional». «Com eleições em dias separados conseguimos ter um espaço de debate para as eleições legislativas e um espaço de debate para as autárquicas», defendeu o porta-voz do PS, João Tiago Silveira, em declarações aos jornalistas. Para o porta-voz do PS, «a qualidade da democracia merece que haja um espaço de debate também para as eleições autárquicas».
O CDS/PP manifestou satisfação com a data escolhida pelo Presidente da República para as Eleições Legislativas no dia 27 de Setembro. O porta-voz do partido, Pedro Mota Soares, disse que o Presidente da República «demonstrou uma enorme isenção e independência» ao escolher uma das datas que o CDS também havia proposto. «Esta data serve melhor porque permite que o próximo governo possa apresentar o seu Orçamento de Estado em tempo útil», afirmou.
O Bloco de Esquerda (BE) considerou «acertada» a decisão do Presidente da República, Cavaco Silva, de marcar as Eleições Legislativas a 27 de Setembro. «A posição assumida pelo Presidente da República de marcar as legislativas para uma data diferente das autárquicas corresponde à posição assumida pela maioria dos partidos, incluindo o Bloco de Esquerda», afirmou a deputada Helena Pinto. As eleições legislativas e autárquicas pressupõem «dois debates diferentes» e o Bloco de Esquerda está «preparado para estes dois actos eleitorais», assegurou ainda a deputada.
O Governo anunciou na sexta-feira que decidiu marcar a data das próximas eleições autárquicas para o dia 11 de Outubro, justificando a escolha dizendo que aquela data «foi referida nas preferências de todos os partidos políticos que, nos termos da lei, foram previamente ouvidos sobre esta matéria».

SOL com Lusa

MARCADO O DIA DA MUDANÇA!

Eleições autárquicas marcadas para 11 de Outubro

O Governo decidiu hoje a marcar a data das próximas eleições autárquicas para o dia 11 de Outubro, referiu fonte oficial do executivo.
«O Governo decidiu marcar a data das eleições autárquicas para o próximo dia 11 de Outubro, data que foi referida nas preferências de todos os partidos políticos que, nos termos da lei, foram previamente ouvidos sobre esta matéria», justifica o Governo.
Segundo o executivo, a decisão do Governo «foi hoje comunicada pelo senhor primeiro-ministro [José Sócrates] ao senhor Presidente da República [Cavaco Silva] e, estando cumpridos todos os procedimentos, será formalizada na próxima reunião do Conselho de Ministros», quinta-feira, acrescenta o Governo.

Lusa / SOL

segunda-feira, 22 de junho de 2009

TEXTOS PARA A MUDANÇA 2 por Hélder Salgado

Comentário ao texto de Carlos Galhardas.

“Quem não se sente não é filho de boa gente”.
O texto, revela uma elevadíssima preocupação democrática, certamente, comungada por todos aqueles que se preocupam, não só com o bem-estar social, mas também com as causas públicas.
O êxito destas duas vertentes, só se pode alcançar, com a discussão e o debate público, visando a concretização de objectivos, que alcançados a pedido, carecem da verdade democrática, tornando os peticionários, subservientes do Poder.
Recordem as eleições dos Bombeiros e outras, onde o senhor Presidente da Câmara, na ânsia de tudo dominar, concorreu.
Pretendeu ou ainda pretende, arrasar, com a força do Poder, as instituições cívicas, remetendo, se vencedor, para a rua toda a iniciativa e criatividade popular.
Pobre de um Povo que vive à sombra de um líder.
Tem, sistematicamente, falhado a estratégia, violando, ao fazer-se valer da sua condição de Presidente, as mais elementares regras democráticas, impondo a sua vontade, na imposição e exclusão de pessoas, esquecendo-se, que desse arrasamento, poderiam vir a surgir, aqui e ali, focos de indignação e de agrupamento.
Há donos da Liberdade e da Democracia?
“Não se esqueçam da cultura” cito o articulista, expressando mais uma preocupação, além dos métodos oligárquicos, impostos pelas maiorias, fazendo, assim, recordar os
dois recentes programas passados, em televisão, acerca do Concelho.
O Concelho tem gente que sente, que tem dentro de si a alma Alentejana, que não se conformando, luta há muito tempo pelo estado degradante do nosso património Histórico/Cultural.
Numa falsa habilidade fotográfica, os programas mostram, apenas a rama, faltando-lhe pôr a descoberto, o que se passa por detrás daqueles monumentos, a raiz.
Aos responsáveis do Concelho faltou a coragem, para dizerem e mostrarem publicamente a verdade, ou porque não a têm, ou porque se habituaram a viver sem ela, colocando acima de tudo e de todos, um protagonismo populista ocasional, para caírem em graça e assim se conservarem no Poder.
A cultura deveria ser a preocupação constante duma vivência diária.
O que se pode esperar dum peito vazio?
Registe-se as iniciativas, quase sempre forçadas pelas instituições populares ainda existentes, no começo de algumas obras, mas condena-se, com toda a força democrática, não só o atraso das mesmas, mas também o embargo de algumas.
Há obras paradas desde 2004.
Não merecíamos uma explicação?
È imperativo que a Rua se consciencialize, programe e intervenha na defesa da História do Concelho, visando o turismo, como uma real valência no seu progresso. Chegou a hora e com ela os ventos da MUDAnça.
Temos um Movimento de base, sem hierarquias, nem comandos. Não hesites, participa. Uma ideia tua pode MUDAr algo, dou-te um exemplo, com a frase que ouvi quando tinha oito ou nove anos, “se a Barragem viesse” e ela está no Lucifécit.
Já temos Sede, entra e leva, sem medo, o teu programa, aquilo que, certamente, já pensaste acerca da tua rua, da tua freguesia ou até da tua festa, leva o melhor que tens dentro de ti, a tua ideia, para que um novo olhar democrático inunde o Concelho.
Hélder Salgado.
20-06-2009.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

COMENTÁRIOS EM DESTAQUE 4

Muito, mas mesmo muito satisfeito com os resultados das europeias/2009.
1º- O BLOCO subiu e pela primeira vez desde ABRIL de 74 o PCP é ultrapassado por um partido de esquerda.
2º- O PSD ganha mas com um resultado não muito diferente com que Santana Lopes foi derrotado.
3º- O PS perde muitos votos que se transferiram para o Bloco.
4º- O CDS obtém um resultado quase idêntico ao das últimas europeias.
Conclusão- A leitura que pode e deve ser feita depois de conhecidos estes resultados é que, a maioria socialista já foi, graças a Deus, e os sociais democratas não obtiveram um resultado que possa levar a uma nova maioria, nem coligados com os centristas. Estou por isso duplamente satisfeito: com o resultado do BLOCO DE ESQUERDA e com a confirmação que na próxima legislatura não haverá DITADURA ABSOLUTA (muitos chamam-lhe MAIORIA ABSOLUTA).
Já tinha escrito este artigo no blogue Alandroalandia sobre as eleições europeias e volto a repeti-lo pela seguinte razão:-Os resultados obtidos no dia 7 de Junho revelam a não existência de Ditadura Absoluta (alguns querem nos fazer crer em Maioria Absoluta), nas próximas eleições legislativas que se aproximam.
Pelo meio vamos ter as autárquicas e, espero sinceramente, quem vier a governar a Câmara do Alandroal não o faça em maioria. Esse é o meu desejo pessoal. Governar em minoria é mais difícil, mas não é impossível. Tem que haver cedências e isso é bom para a democracia. O poder absoluto sempre levou a abusos de poder e podia enumerar vários casos que aconteceram ao longo da história, quer passada... quer presente.
Dou só como exemplo mais recente a (des)governação socialista!De qualquer das formas, e o mais importante mesmo, é arredar da Câmara do Alandroal os actuais ocupantes governativos e dar lugar a uma nova esperança em que todos os habitantes do Concelho do Alandroal possam participar activamente, sejam quais forem as suas correntes políticas ou ideológicas.
Já agora, mesmo em tempo de crise, não se esqueçam da Cultura.

Carlos Galhardas

Como tenho o vício da poesia... Aqui vai:

Abril Dos Cravos

Abril dos vermelhos cravos libertado…
Devolves-te a esperança quase perdida,
A um povo que jazia amordaçado
Numa pátria há muito já esquecida!

Abril das palavras que se soltaram
Nos corações que pareciam não bater;
Ao mundo inteiro bem alto gritaram
Tudo quanto era preciso não esquecer!

Abril de revolução das nossas gentes…
Enchendo as ruas com abraços fraternos!
Muitos sorrisos… Tantos olhares contentes,
Momentos que sempre nos serão eternos!

Abril! Pode ser outro mês qualquer…
De amor intenso e fraternidade.
Abril será quando um homem quiser…
Amar em cada instante a liberdade !!

Matias José ( 25-04-2009 )

quinta-feira, 18 de junho de 2009

2º ENCONTRO DO MUDA!

Caros amigos,

Aproxima-se mais um momento crucial na caminhada do MUDA rumo à formalização da candidatura às Autárquicas 2009.
No próximo dia 28 de Junho, Domingo, pela hora do almoço, vamos promover o 2º encontro do MUDA para apresentação do movimento e recolha de assinaturas.
O encontro, com almoço (5 "MUDAs"), realiza-se nas Pirâmides de S. Pedro, no Alandroal.
Podem encontar as senhas para o encontro junto dos colaboradores do MUDA.
É fundamental a máxima mobilização possível por parte de cada um de nós. Vamos mostrar ao Concelho quem somos e o que queremos fazer.
Brevemente daremos mais pormenores sobre este encontro.
Volto a apelar à vossa colaboração no blog do movimento, com textos, ideias e comentários.

Um abraço,

João Grilo

MUDA JÁ TEM SEDE


Fica na rua de São Bento, Nº 2 (porta lateral do antigo edifício do Posto da GNR), no Alandroal.
A partir da próxima semana, vamos estar por lá todos os fins de tarde.
Apareçam para se tornarem sócios da Associação, para darem a vossa assinatura para ajudar à formalização do movimento, obter informações, contribuir com as vossas ideias ou simplesmente conversar.
O MUDA também já pode ser contactado através de um número de telemóvel: 961 459 489.
Estaremos à vossa espera.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

ESPÍRITO DEMOCRÁTICO 2


No passado Domingo realizou-se mais uma caminhada no âmbito dos Jogos da Zona dos Mármores, desta vez em Sousel. À última hora, a Câmara Muncipal de Alandroal cancelou a sua participação alegando que "as câmaras não estão autorizadas por lei a promover actividades em dias de eleições".
O que é certo é que as câmaras de Borba, Estremoz e Sousel em nada alteraram a sua participação numa actividade prevista apenas para o período da manhã.
Quanto aos cerca de 50 inscritos do concelho do Alandroal, os que não puderam ir nos seus carros particulares tiveram que ficar em casa!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ESTADO DO CONCELHO 2

Passivo Exigível (Dívidas a pagar de curto, médio e longo prazo), em 2007, por habitante

Município

Dívida por Habitante(em euros)

Ranking/Posição

Alandroal

1.895

18º Lugar

(Municípios com maior passivo exigível, em 2007, por habitante)

Redondo

155

297º Lugar

(Municípios com mAIOR passivo exigível, em 2007, por habitante)

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2007 (Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas)

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Passivo Exigível (Dívidas a pagar de curto, médio e longo prazo), em 2007

Município

Dívida por Habitante

População Residente 2001

Total da Dívida Exigível (1)

Alandroal

1.895€

6.585

12.478.575€

Redondo

155€

7.036

1.090.580€

(1) Total da Dívida Exigível = Dívida por Habitante x População Residente 2001

.

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O estudo aqui em causa - Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses - conta com o patrocínio do Tribunal de Contas, Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e Universidade do Minho. É realizado anualmente e o último reporta a 2007.
Os indicadores revelados por este estudo são profundamente preocupantes para o Alandroal por várias razões, principalmente porque o total da dívida a terceiros representa uma informação extremamente relevante para análise da situação financeira dos municípios a curto, médio e longo prazo.
Apresentamos o município de Redondo como termo de comparação, por ser nosso vizinho, logo, enquadrado na mesma realidade, e com características socioeconómicas semelhantes.
Entendendo-se o passivo exigível como as dividas a pagar é naturalmente expectável que os municípios portugueses mais endividados coincidissem com as cidades médias e grandes, designadamente Lisboa, Vila Nova de Gaia, Porto e até mesmo Évora. De tal forma que os 35 Municípios mais endividados representam 54% do total do endividamento dos 308 Municípios.
Portanto, mais se estranha que entre os maiores devedores relativos se encontre o Alandroal (18º), quando as realidades são totalmente diferentes.

Moralmente falando, não tem o mesmo significado uma dívida por habitante do Município de Alandroal de 1.895€ e por habitante da nossa Capital de 1.932€. Tanto mais, que a riqueza criada na capital do país não é comparável com a do Alandroal. Logo, com dívida relativa semelhante, cada um de nós tem o futuro muito mais hipotecado que um habitante de Lisboa.
Outras questões se colocam!
Se até certo ponto é expectável que um município se endivide para lançar as bases da construção do seu futuro, onde está aplicado o nosso dinheiro e o que podemos esperar de retorno nos próximos anos? Ou será que ele desapareceu sem deixar mais do que vagas lembranças dos dias de festa e abundância, orgulho pontual em equipamentos e arranjos que lavam a cara à pobreza e um amargo de boca por tudo estar cada vez mais na mesma?
Somos hoje um concelho do interior alentejano, desertificado e pobre, apenas com cada vez menos margem financeira para transformar as suas fraquezas em forças e as suas potencialidades em algo de real. Pesada herança, esta.
Por fim, recordemos que estes são números de 2007. Como serão os de 2009? Alguém arrisca uma previsão?


COMENTÁRIOS EM DESTAQUE 3

Olá a todos
Foi com alegria e satisfação que soube que iria encabeçar uma lista de independentes para as eleições autárquicas no Alandroal.
Considero mais do que nunca que nos dias que correm as pessoas valem pelo seu carácter, pela maneira e pela forma simples de estar na vida e de lidar com os outros, pelo profissionalismo e sobretudo pela sua independência.
Não é fácil lutar contra o poder instituído. Não é fácil “dar a cara” e assumir publicamente que não estamos de acordo. E acima de tudo, não é fácil ter a coragem de tentar mudar seja o que for. Há muito que se fala da crise de valores com que a nossa sociedade hoje em dia se depara. Mais do que nunca urge a necessidade de sermos parte activa num “sistema” que não é perfeito mas é o melhor que temos.
Tal como disse e bem, no exercício do nosso direito e do nosso dever de votar no sistema democrático em que vivemos ainda não é preciso termos medo porque “Nesse momento não se deve nada a ninguém, nesse momento não está ninguém a espreitar por cima do ombro.”A pouco e pouco são cada vez mais as listas de pessoas independentes que, não querendo estar conotadas a nenhum partido político, querem rodear-se de pessoas válidas, dinâmicas, trabalhadoras, empreendedoras, com vontade de trabalhar e acima de tudo LIVRES.
Desejo-lhe aqui publicamente os meus sinceros parabéns e os meus votos para que, com a verdade e sem promessas consiga MUDAr a forma como as pessoas hoje em dia encaram os políticos e a política.Não voto no Alandroal mas se votasse seria com certeza para MUDAr.

Ana Rita Alves

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MANIFESTO DE APOIO

Num momento em que a crise e a falta de trabalho dos agentes locais agudizam a desertificação do Alentejo, venho por este meio manifestar o meu apoio a João Grilo pela sua integridade e defesa de valores democráticos.
Desde cedo percebi que o João não chegara à Câmara Municipal de Alandroal para proveito próprio mas por vontade de contribuir para o desenvolvimento do concelho.
A sua saída do elenco camarário após 3 anos de frustração demonstra uma notável capacidade de sacrifício. Um ambiente de estranhas cumplicidades e a ausência de princípios devem ter sido um vazio moral insustentável pelo que concluo que o João Grilo teve que sair para reencontrar um rumo em consciência.
Servir a população de modo acessível e transparente não é compatível com obras megalómanas repartidas pelos “boys” do costume em detrimento de dar resposta as necessidades mais imediatas e de uma estratégia integrada para o futuro sustentável do Concelho.
A dignidade não tem preço, mais vale ser livre um dia que escravo toda uma vida. O João representa dignamente a audácia da esperança e o respeito por todos para todos.

Atentamente,

Telmo Andrade
Arquitecto Paisagista

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EUROPEIAS 2009 Resultados - Alandroal

Das elações de âmbito nacional a retirar dos resultados das “Europeias 2009” já muito se falou e muitas são as vozes que associam a derrota do PS ao seu estilo de governar em maioria: despótico, arrogante, profundamente mediático e propagandista, manchado com regularidade de casos suspeitos que em nada dignificam a classe política.
Uma nota positiva para a campanha de Paulo Rangel pelo PSD, pela tentativa de fazer assentar a sua estratégia numa “política de verdade”. Nota positiva também para o espaço que alguns movimentos independentes vão conseguindo, com todo o dinamismo, riqueza de ideias e espaço para a cidadania que trazem para a cena política. Alguns (Laurinda Alves, por exemplo) já mereciam ver o seu esforço traduzido em representação no parlamento europeu dos portugueses cada vez mais cansados das lógicas partidárias.
Será que se podem retirar elações a nível local? Vejamos:
Enquanto em quase todas as câmaras do distrito de Évora governadas por socialistas o PS conseguiu aguentar-se na frente, no Alandroal sofreu uma “pesada” derrota por um voto.
O descontentamento fez desaparecer muitos votos PS.
Para nós, é um sinal de que os eleitores sabem usar o seu voto (ou a ausência dele) de várias formas nos vários contextos. Não são um grupo de “carneiros” que se desloca a colocar a cruz onde Sua Excelência Um Qualquer Todo-Poderoso deseja e manda.
Este é também um claro sinal da queda livre em que se encontra o poder instalado no concelho. O PS perde aqui as primeiras eleições desde que chegou ao poder no Alandroal. Não acreditamos que a “onda de choque” das políticas do governo chegasse aqui com tanta intensidade se as coisas andassem bem ali para os lados da Praça da República.
É ainda o fim do mito “João Nabais não pode ser derrotado”. Pode, está à vista que pode. Em democracia não há vencedores nem derrotados antecipados.
Não se comece já a acenar com o “fantasma” do eventual regresso da CDU ao poder local. Esse cenário só serve, para já, os interesses do poder instalado.
Uma nota final. Estranhámos a total ausência de campanha eleitoral para estas eleições no concelho por parte da Concelhia local do PS. Excesso de confiança ou medo de fracasso nos ajuntamentos e das reacções no porta-a-porta?

sábado, 6 de junho de 2009

COMENTÁRIOS EM DESTAQUE 2

Sinto que estou tão perto de reconquistar a liberdade que já me sinto livre.Esta reconquista implica a deslocação da actividade para milhares de quilómetros de distância deste concelho.
Um preço alto que comparado com o preço que os meus antepassados pagaram pela sua defesa no passado, a vida, não é nada.
O Alandroal é hoje um concelho pobre com uma gestão autárquica que o exibe com Mercedes á porta e roupas de marca, para esconder as prestações da habitação em atraso e o crédito corto na mercearia. Não tem estratégia de futuro. Ninguém dos que podem fazer alguma coisa por ele acredita no seu presidente.Quando o presidente manda centenas de convites aos agentes económicos para se debater uma estratégia de futuro e ninguém aparece, está tudo dito quanto á sua credibilidade.
Os mais ricos recursos de um concelho são os recursos humanos. Quando a sua gestão é feita ignorando estes recursos não há projecto que nos convença.Pode-se pedir mais um empréstimo para calcetar as ruas a prata e os passeios a ouro que o Alandroal, no conteúdo, ficará mais pobre.
Não sei como vão conseguir reparar os estragos já feitos se é que vão, mas parar de estragar já é um princípio.

Carlos Alberto Faustino Gomes
Alandroal

ALANDROAL NA RTP



Na sua edição de amanhã, Domingo (pelas 19h29, na RTP2), o programa "A Alma e a Gente" do Professor José Hermano Saraiva é dedicado ao Alandroal. Acompanhem o programa (enquanto esperam, ansiosos, pelas primeiras projecções das Europeias!) e sejam mais uma vez testemunhas da enorme riqueza patrimonial e cultural que caracteriza o Concelho, e do profundo estado de abandono, degradação e inacessibilidade em que se encontra todo o nosso património edificado. Durante quantos mais anos se pretende camuflar a total falta de estratégia para a recuperação e valorização turística de todos os nossos monumentos e sítios com a bandeira de um projecto para Juromenha que, de há dois anos para cá, já ninguém percebe porque não avança? E porque será que a Autarquia, que foi envolvida na realização do programa, não fez qualquer divulgação do mesmo?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MUDA VENCE!

Alguns, a quem este resultado não interessa e preocupa, dirão que as sondagens valem o que valem. Pois que digam. Nós ficamos satisfeitos por estarmos na frente das vossas preferências, bem na frente!
Esta é uma sondagem LIVRE! Tem muito mais valor que certas eleições de concelhias que por aí se fazem onde vinte e poucos familiares e amigos chegados do líder lhe dão novente e tal por cento dos votos. E o pior é que querem convencer os outros de que se tratou de um acto da mais pura democracia!Pior ainda, saem de lá convencidos de que é representativa do sentimento da população do concelho!
Esta sondagem do AL TEJO (a quem agradecemos a cedência da imagem) mostra claramente que a blogosfera está connosco de uma forma bem expressiva. Mostra também que a mudança não só é possível como também é desejada.
A todos o nosso muito obrigado. Vamos fazer tudo para continuar a merecer a vossa confiança!

VEREADOR GALHARDAS RENUNCIA

Depois de em Março passado João Grilo, Vice-Presidente da Autarquia, ter deixado o executivo liderado por João Nabais (PS) alegando dificuldades de trabalho e falta de identificação com o rumo do projecto, surge agora Joaquim Galhardas, o outro vereador a tempo inteiro do executivo socialista, a anunciar a sua renúncia ao mandato com base nos mesmos motivos e com efeitos a partir do final do mês de Maio.
O primeiro mandato do actual presidente já tinha sido caracterizado pelos abandonos de dois vice-presidentes e um vereador. O primeiro vice-presidente seis meses após a tomada de posse (José Cavacas), o vereador seis meses antes do final do mandato (João Coelho) e a segunda vice-presidente no final desse primeiro mandato (Maria de Jesus Patacão).
Os dois ex-vereadores estão agora entre os fundadores de um movimento independente, o MUDA – Movimento Unidade e Desenvolvimento de Alandroal, mas negam que as suas saídas tenham sido premeditadas para dar corpo a este movimento. “O MUDA é uma consequência da enorme vontade de mudança de rumo por parte da população, associada ao facto de faltarem alternativas credíveis a uma gestão que não está a resolver os problemas dos alandroalenses”, afirmou João Grilo. “Se fossemos apenas dois ex-vereadores despeitados à procura de vingança, como somos acusados, muito poucos nos seguiriam neste caminho, e não é isso que está a acontecer!”

TEXTOS PARA A MUDANÇA 1 por Hélder Salgado

Aconteceram tantas roturas, que o agrupamento se tornou inevitável.
Tantas ideais desaproveitadas, projectos rejeitados, tanta voz não ouvida. Porquê?
A liberdade conduz ao exercício democrático, dentro e fora do Poder.
Este exercício permite o uso dos meios conducentes à cidadania e com ela, tem o cidadão o poder de indagar, de intervir, de lutar, não só, pelos seus direitos, mas também, pelos direitos sociais e colectivos.
Assim e após a revolução de Abril/74, surge um novo despertar associativo, que deu alguns frutos.
Os arautos do Poder em festins de promessas eleitorais dão o Céu, sem contudo, terem a sensibilidade natural, para alcançarem a Terra.
O povo atordoado e confuso é levado a colocar no Poder, o que julga mais forte.
Este, quando instalado, camuflando-se em acções ditas sociais, serve-se a si próprio e, não contente, tenta a todo o custo, acantonar a iniciativa popular. Porquê?
Assim os eleitos, em pleno abuso de Poder, gastam, endividam, tornando insustentável a governação das instituições a que presidem e, na ânsia de se manterem no Poder, concorrem às instituições cívicas, aliciando os seus sócios.
E se ganhadores, que restaria para a actuação popular?
A Rua começa a aperceber-se disso e, em torno da candidatura presidencial de Manuel Alegre, faz emergir o Movimento de Intervenção e Cidadania, MICPortugal, surgindo um novo despertar democrático.
A sua génese alastra por todo o País.
No passado dia 23-05-2009, constitui-se mais um jovem movimento, o M.U.D.A.
O concelho de Alandroal, terá assim, à sua disposição mais uma força política.
A expectativa é grande, crescente e incontornável.
Que o M.U.D.A., refrescando a Democracia concelhia, leve o debate à Assembleia Municipal e esta, tenha a arte e o engenho, de cativar a população, de modo a levá-la à discussão, tanto dos interesses particulares, como e, revelando as causas públicas.
Que o Concelho seja um exemplo de vivacidade democrática, em todos os quadrantes, nunca perdendo de vista, o que ainda de melhor, vamos conseguindo conservar, as nossas raízes culturais.

Hélder Salgado, ex-deputado municipal
04.06.2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A QUEM SERVE UM BOATO?


Há dias identifiquei o «medo» como o principal inimigo de um movimento independente que dá os primeiros passos na luta contra um poder instituído com muitos recursos e poucos escrúpulos para os usar todos.
Mas o medo é alimentado por dois irmãos gémeos que o acompanham por todo o lado e o ajudam a crescer: o «boato» e a falta de informação. Hoje quero falar-vos do primeiro.
O boato é uma notícia de origem geralmente anónima que se propaga pelo “boca-a-boca”, pelo “diz-que-disse”, pelo panfleto anónimo ou, nos tempos que correm, através de comentários anónimos em blogs.
É senhor de uma impressionante capacidade de propagação e à medida que cresce vai ganhando novos contornos, novos coloridos e até apêndices imprevistos. Por onde passa lança a dúvida e confunde a razão. Faz hesitar.
Quando propagado por “boateiros” profissionais (e há por aí muitos e bem pagos!) que nada mais têm que fazer, ainda mais efectivo se torna.
O boato dificilmente se desmente e muitas vezes o desmentido tem o efeito contrário. As tentativas para o desmentir dão-lhe a legitimidade que não tem e a atenção que não merece.
Uma questão que se impõe é a quem serve o boato? Naturalmente, o boato serve a quem tem algo a esconder, a quem espera prosperar no meio da mentira, da dúvida e da confusão. Nunca ajuda quem quer impor-se pela verdade e pela transparência.
O boato ajuda os primeiros – os que faltam à verdade – a dizer que os segundos são iguais a eles. Que no fundo não há diferenças entre ambos. Não conseguindo disfarçar o que são, tentam a todo o custos mostrar que os outros também o são. Fraco consolo digo eu!
Então, como se combate o boato?
Existe uma velha máxima, não sei a quem é atribuída, que diz que se consegue enganar todas as pessoas durante algum tempo ou algumas pessoas durante todo o tempo. Mas não se consegue enganar todas as pessoas durante todo o tempo.
Portanto, por um lado, a mentira combate-se desta forma, sendo sempre o que se é.
O carácter é como o algodão, ao fim de algum tempo, não engana!
Mas isso só não chega, não sejamos ingénuos ao ponto de acreditar que a verdade vence sempre e só por si.
A verdade deixa-se encontrar, mas apenas por quem a procura. Depende da curiosidade e da abertura de espírito, da predisposição para ouvir. Não se revela, precisa de ser isolada de toda a poluição que a envolve.
Desafio todos os alandroalenses a procurarem activamente a verdade por detrás de todos os boatos. A duvidarem e a questionarem. A não levarem para casa a primeira história que vos vendem. Confrontem. Interroguem. Vão ter muitas surpresas. Ou talvez não!
Neste movimento recusamos qualquer associação a boatos, comentários anónimos difamatórios ou outras formas menos transparentes de fazer política. Não os promovemos e ignoramos os que existem.
Simplesmente, não servem os nossos propósitos.
Damos a cara por aquilo que somos e fazemos e quando afirmamos algo assinamos por baixo.
Há uma verdade impossível de camuflar por mais boatos que se lancem: Caberá a todos vós julgar se somos melhores ou piores, nisto ou naquilo. Mas não somos, seguramente, todos iguais, perguntem por aí. E não se deixem levar por boatos!

João Grilo